O Marido Malvado - Capítulo 04
À primeira vista, o homem alto parecia ter uma constituição esbelta, mas uma inspeção mais detalhada revelou um físico de notável musculatura. Desenhos elaborados adornavam seus braços, e anéis e brincos decoravam seus dedos e orelhas furadas. Com as mangas arregaçadas, uma impressionante tatuagem preta se destacava em seu antebraço, seus detalhes intrincados eram um banquete para os olhos.
A princípio, Eileen achou estranho que ele estivesse vestido com roupas civis e acessórios. Quando viu suas tatuagens, ela achou o homem irreconhecível. Eileen olhou para o homem em descrença e cautelosamente chamou seu nome.
— … Senhor Diego?
O homem olhou para Eileen, seu cigarro quase caindo no chão.
— Oi!
Ele cuspiu apressadamente o cigarro da boca e pisou nele com o pé.
— Por que diabos a senhorita está aqui? E o que há com essas roupas?
— Realmente, é o Sir Diego!
Diego era o cavaleiro do Grão-Duque que havia comprado um coelho de pelúcia como presente para Eileen, como Lotan havia mencionado anteriormente.
— Sim, sou eu. Mas por que você está aqui? Alguém te arrastou para dentro?
Os olhos de Diego estavam arregalados de pânico, como se ele estivesse pronto para sacar uma arma a qualquer momento. Em vez de responder, Eileen verificou a placa do estabelecimento onde Diego estava encostado.
Era uma estalagem. Veja bem, era um local que vendia álcool e também acomodações. ʘ‿ʘ)
— …
Ela se virou para Diego sem dizer uma palavra. Diego olhou para o que Eileen estava lendo antes de entrar em pânico novamete.
O homem protestou veementemente com Eileen como se estivesse sendo injustiçado.
— Juro não é o que parece. De jeito nenhum, senhorita! Eu estou de serviço, juro!
— … Aqui?
— Não, droga – Ah, pelo amor de Deus. Isso é loucura total–
Ele tapou a boca com a mão antes de poder continuar.
— Sinto muito, senhorita. Por favor, esqueça isso. Eu não queria –
— Tudo bem!
Diego choramingou e agarrou a cabeça. Depois de um colapso mental ou dois, ele estendeu o braço para Eileen em um tom desanimado.
— Permita-me acompanhá-la de volta, minha senhorita. Vamos conversar enquanto vamos para o centro.
— Você disse que estava de serviço.
— Existe um dever mais importante do que escoltar a Srta. Eileen?
Ele ofereceu o braço novamente, mas Eileen balançou a cabeça. Antes que ele pudesse arrastá-la à força para fora do beco, ela falou honestamente.
— Estou aqui para encontrar meu pai. Você sabe onde ele está?
A expressão de Diego se contorceu, e Eileen soube instantaneamente. Ele tinha um temperamento explosivo e lutava para suprimir suas emoções.
— Você sabe.
— Ah.
Diego soltou um suspiro antes de acenar com a mão. De repente, um homem com roupas surradas pulou das sombras do beco.
— Diga a eles que a senhora chegou.
— Sim, senhor.
Quando o homem desapareceu na loja, Diego agarrou gentilmente a manga de Eileen.
— Venha aqui. Se alguma coisa acontecer com você nessa rua louca, eu serei pisoteado até a morte.
Diego levou Eileen para dentro da loja onde ele estava encostado alguns momentos antes. Ela estava assustada com o ambiente desconhecido. Ainda assim, sabia que Diego não deixaria nada acontecer com ela, então se deixou guiar.
Apesar do exterior espalhafatoso, o interior estava bom. Parecia uma pousada e restaurante comuns. Havia apenas algumas mesas com clientes, e todos pareciam ser soldados do Grão-Duque. Assim que viram Diego, eles pularam de pé e fizeram continência.
— Sente-se, sente-se.
Diego acenou com a mão novamente e puxou uma cadeira para Eileen se sentar.
— Você gostaria de um chocolate quente? Que tal um pouco de leite morno com mel?
— … Cerveja, por favor.
— C-cerveja?
Diego se assustou ao ouvir a palavra cerveja. Ele desapareceu enquanto murmurava para si.
— Nossa querida garotinha… toda crescida… bebendo cerveja…
Ainda assim, ele aceitou a situação e voltou firmemente com um grande copo de cerveja e algumas frutas. Eileen sentiu uma sensação de queimação enquanto virava a cerveja. Ela abaixou o copo meio vazio e falou novamente.
— Eu sei que você sabe. Desembucha.
Diego ficou em silêncio.
— Você não quer me dizer porque não pode falar, ou…
As escadas de madeira rangiam e se retorciam. Um homem com uma camisa desabotoada, cabelo desgrenhado e olhos penetrantes descia lentamente os degraus. Seus lábios se entreabriram gentilmente enquanto ele falava com a jovem.
— Eileen, você parece estar com raiva de mim.
Eileen, paralisada com o copo de cerveja na mão, conseguiu encontrar sua voz.
— … Vossa Graça o Grão-Duque.
Amanhã seria a Cerimônia da Vitória. O jornal do dia dedicou várias páginas à cobertura do evento do Grão-Duque. Foi relatado que ele viajaria pelas províncias para o benefício do país. No entanto, aqui estava ele, supostamente o homem mais ocupado de todos.
Eileen, que estava olhando para ele incrédula, desviou rapidamente o olhar para outro lugar. Caso contrário, seu rosto teria ficado vermelho brilhante.
A aparência desleixada de Cesare emitia uma aura estranha. Era incomum ver alguém tão à vontade usando trajes civis casuais em vez de seu uniforme usual. Parecia ainda mais aparente porque seus botões estavam desabotoados, expondo sua clavícula.
Ele andou vagarosamente e sentou-se na frente da mulher. Eileen, que estava atordoada por um tempo, percebeu seu desrespeito e rapidamente se levantou do assento. Diego e os outros soldados já estavam de pé e mantendo uma postura ereta.
Seu olhar se moveu para a mesa. Cesare riu quando viu o copo de cerveja meio vazio.
— Você andou bebendo?
Eileen cobriu os lábios com as costas da mão. Falar enquanto cheirava a álcool não era nada feminino, era também o pior.
Na verdade, Eileen não gostava de beber. Ela teria preferido chocolate quente ou leite com mel. No entanto, não gostava de ser tratada como uma criança por Diego, então simplesmente optou pela bebida mais “adulta”.
Ela se arrependeu por essa escolha agora.
— Talvez um pouco…
Eileen agarrou gentilmente a bainha de suas roupas. Ela cerrou as unhas com tanta força que ficaram brancas. Ela realmente se sentiu repreendida.
— Eu tenho uma pergunta.
— Pergunte à vontade.
A permissão foi prontamente dada, mas Eileen não conseguia abrir os lábios. Cesare curvou-se em direção a Eileen.
Sua sombra engolfou Eileen completamente. Sentindo a diferença gritante de estatura, Eileen prendeu inconscientemente a respiração. Ela abaixou os olhos, incapaz de olhar diretamente para Cesare.
— O que há de errado? Você não consegue?
Ela não tinha certeza se era só Diego, mas estava relutante em compartilhar histórias pessoais na frente de soldados desconhecidos. Cesare sorriu e falou suavemente com Eileen, que ainda estava hesitante.
— Vamos conversar a sós?
O tom de flerte era mais doce que leite com mel. Eileen respondeu mansamente, suas bochechas formigando.
— Sim …
Ela ergueu os olhos rapidamente e se arrependeu da resposta.
Cesare abraçou Eileen.
— V-Vossa Graça!
— Você disse que deveríamos conversar a sós.
Ele segurou a mulher adulta como se ela fosse uma criança pequena e subiu rapidamente as escadas. Eileen lutou em pânico.
— Eu consigo andar sozinha!
— Alguns degraus estão danificados pelo tempo. É perigoso, então seja boazinha.
— Mas, mas…
Cesare pressionou levemente as costas de Eileen que lutavam. Sentindo a mão grande, ela enrijeceu como pedra. Ele deu leves batidinhas. Cesare continuou enquanto ela se acalmava, como se a elogiasse.
Eileen se sentiu impotente e estava morrendo de vergonha. Cesare continuou a tratá-la como se ela fosse uma criança, e a comparação a assombrará para sempre. O que era imperdoável é que ninguém aqui achou a situação estranha.
Nem Diego ou os soldados levantaram a menor sobrancelha. Eles acharam que era natural que o Grão-Duque carregasse Eileen escada acima.
Era tudo culpa de Cesare.
‘Por que ele sempre tem que fazer uma cena dessas?!’
Toda vez que ele dava um exemplo como esse, todos seguiam como modelo, causando caos em seu rastro. Claro, ela era frequentemente carregada quando criança, mas Eileen agora era uma mulher crescida.
‘Eu poderia ter pulado dois ou três degraus de madeira quebrados sozinha, muito obrigada!’
Mas agora que ela estava nos braços de Cesare, seria inútil tentar. Eileen desistiu e colocou os braços em volta do pescoço dele, sem fazer perguntas.
O toque do corpo forte e musculoso do homem fez seu coração bater mais forte. E ficou com medo de que ele pudesse ouvir.
Felizmente, quando chegaram ao topo da escada, Cesare imediatamente deixou Eileen descer. Com passos hesitantes, ela seguiu em seu rastro.
Eles chegaram a uma sala decorada para parecer uma sala de recepção. Normalmente, ela teria olhado ao redor, mas não conseguiu. Ela estava muito ciente da presença dele.
Eileen, que estava olhando para Cesare sem realmente vê-lo, ficou surpresa quando seus olhos se encontraram diretamente. Quando ela estremeceu, Cesare riu, seus longos cílios tremulando.
— Eu ainda não fiz nada.
Ele gesticulou para que Eileen se sentasse no sofá e então foi até uma prateleira do outro lado.
— Você gostaria de alguns biscoitos? Não tem chá.
Quem ela estava enganando? Fingir ser madura na frente dele era inútil.
Eileen soltou um humilde “Sim”.
Mas por que não havia chá na “sala de recepção”?
Ela olhou ao redor da sala com interesse, mas sua confusão desapareceu quando Cesare trouxe biscoitos embalados individualmente.
Ele sentou na frente de Eileen, com o braço apoiado no encosto do sofá.
Olhando para Eileen, seus olhos vermelhos a examinando.
Eileen sentiu-se envergonhada na presença de Cesare. Ela percebeu que essa era uma péssima tentativa de travestismo. Ainda assim, ela queria ouvir a opinião dele sobre isso.
Eileen observou Cesare cautelosamente, mas foi pega de surpresa no instante em que seus olhos se encontraram. Ela esperava um olhar cheio de pena, não essa intensidade pouco familiar.
Olhos vermelhos, semelhantes a ruínas, estavam despedaçados e desmoronando, restando apenas entulhos. Ela não conseguia entender como seus olhos, antes orgulhosos e brilhantes, agora estavam arruinados.
A sensação de perigo desapareceu instantaneamente, e Cesare retornou com seu brilho habitual nos olhos. Por que esses momentos sempre parecem um sonho fugaz?
‘Eu não estou vendo de mais, não é?’
Na confusão dela, ele se moveu para sentar-se ao seu lado. Ele pegou os biscoitos intocados e tirou descuidadamente o papel de embrulho.
— Do que você tem tanto medo?
Quando Eileen não conseguiu responder, ele provocou um pequeno biscoito em seus lábios. Eileen abriu a boca lentamente, e ele o colocou dentro com um movimento gracioso.
— Eu não consigo nem suportar a ideia de você se machucar. Mas se for um beijo, não tenho certeza se consigo manter essa promessa.
Eileen quase engasgou com o biscoito. Mastigando em aflição, ele já estava desembrulhando outro.
Ela estava completamente fora de si. Nunca em seus sonhos mais loucos pensou que teria essa conversa com Cesare, muito menos ouvi-lo pronunciar a palavra “beijo”. Que inacreditável! Sua mudança irreverente de assunto foi difícil de acompanhar. Foi tão chocante que sentiu como se a terra estivesse prestes a se abrir.
Aceitou o segundo petisco, mas se recusou a ser alimentada novamente. Então Cesare se contentou em limpar as migalhas dos lábios de Eileen.
Após engolir finalmente o primeiro biscoito, a menina perguntou com a voz embargada.
— V-Você realmente quer se casar comigo?
— Por que você continua desconfiada? Devo provar meu valor de outras maneiras?
Ele não parecia zangado, embora parecesse estar sofrendo.
— Não, de jeito nenhum. Não é isso.
Eileen negou apressadamente. Então, segurando o biscoito que ele lhe deu, ela foi mais cuidadosa com suas próximas palavras.
— Você nunca agiu assim antes, é estranho. Quer dizer, eu entendo que as coisas são diferentes agora. É só que… É surpreendente o quanto você mudou de repente.
— Esses “sete anos”… Toda essa mudança vale a pena.
— Sete anos?
Era um número confuso. A guerra durou três anos, e ela não sabia de nenhum outro evento significativo. Algo aconteceu no passado que foi escondido da imprensa? Talvez o tenha entendido mal, então esperou que ele a corrigisse. Cesare apenas sorriu sem dizer mais nada. Derrotada, Eileen seguiu em frente.
— Não há outra maneira?
Ela não conseguia encontrar coragem para lhe contar a verdade. O pensamento de um casamento sem amor era insuportável, mas expressar seu amor por ele parecia muito ousado. Ela temia a reação dele aos seus sentimentos audaciosos.
O casamento entre nobres era, antes de tudo, uma transação. Para esses sangues-azuis, os ideais românticos de Eileen seriam provavelmente descartados como caprichos infantis.
Enquanto sua mente vagava para o beijo deles, Eileen mordeu o canto do lábio com a lembrança embaraçosa. Pode ter sido um ato casual para Cesare, mas foi um momento que seguiria Eileen até sua morte. Também foi a causa de muitas noites inquietas e sem dormir.
‘Aquele foi meu primeiro beijo.’
Eileen sempre manteve os homens à distância. Talvez seu pai fosse o culpado, com seus hábitos revoltantes de beber, jogatinas e adultério.
A jovem cresceu vendo a mãe sofrer pelos casos do pai. Não era de se espantar que ela desenvolvesse uma forte aversão ao sexo oposto e se tornasse devotada aos estudos.
Muitos homens persistiram, mas felizmente para ela, eles recuaram quando Eileen permaneceu desinteressada. Os cavaleiros de Cesare lidaram com aqueles que ultrapassaram os limites.
Eileen nunca recebeu um abraço, muito menos um beijo. Ela só teve algumas interações breves com os cavaleiros durante suas escoltas, como guiá-la pela mão.
Os nobres a descreveram como “rústica”. Ela seria uma companheira sem graça para os padrões deles, tanto chatamente inocente quanto cansativamente modesta.
Isso nunca incomodou Eileen. Ela não ansiava por atenção do sexo oposto, então vivia uma vida relativamente contente.
Tudo mudou naquele dia agitado.
Só a lembrança daquele beijo apaixonado incendiou seus lábios. A estranha sensação que ela sentira naquele momento lentamente ressurgiu de dentro.
— Eileen.
A voz baixa e rouca assustou Eileen, tirando-a de seu devaneio. Ele nem sequer teve a decência de parar de atormentá-la com perguntas escandalosas!
— Você odiou realmente o beijo?
Como ela poderia odiar isso? Afinal, era seu primeiro beijo com seu amor secreto. Mas também não conseguia confessar que gostou. Ela estava sem palavras diante de uma experiência completamente nova e profunda.
Cesare estreitou os olhos lentamente enquanto observava Eileen, que parecia perplexa. Seu batimento cardíaco acelerou. Após perceber a proximidade desconfortável, Eileen fechou os olhos e deixou escapar:
— S-sim, eu odiei!
Cesare sorriu com conhecimento de causa.
— Eu disse para você não fechar os olhos quando mentir, Eileen.
Quem ela estava enganando? Cesare era um homem que conhecia todos os seus tiques e hábitos. Ele via por meio de todos eles. Assim, Eileen foi forçada a confessar a verdade.
— Sinceramente não sei…
Ele inclinou a cabeça enquanto ela falava, o rosto dela cabisbaixo. A distância entre eles ficou ainda menor, suas respirações quase se tocando. Cesare sussurrou com urgência.
— Devemos continuar explorando até você descobrir?
O coração dela estava acelerado há algum tempo. Parecia que poderia explodir a qualquer momento.
Seus olhos carmesim eram penetrantes. De perto, ela se perguntou o quão longos eram seus cílios. Seus lábios bem definidos falavam em um tom ainda mais baixo.
— Seria inconveniente se você não gostasse. Há outras coisas que eu gostaria de tentar com você no futuro. (つ≧▽≦)つ)
A respiração dele dançava ao longo da pele de Eileen, e a ressonância da voz profunda ecoava dentro do seu ser. Aquele sentimento estranho e peculiar surgiu em seu corpo mais uma vez.
Congelada no lugar, Eileen emitiu um gemido curto e ofegante. Pouco antes que seus lábios pudessem se encontrar, ela virou rapidamente a cabeça.
— Aah!
Eileen murmurou, seus olhos se arregalando diante dos eventos que se desenrolavam. Sentindo os lábios dele roçarem seu pescoço, um arrepio percorreu sua espinha.
No início, seu toque era leve, mas depois se intensificou. Seus lábios encontraram os dela, arrastando-os com a ponta da língua. Um som suave de sucção se seguiu, e seus dentes roçaram delicadamente contra sua carne. Uma sensação tênue, quase de cócegas, semelhante à dor, a envolveu.
‘O que é isso?’
Os pelos do corpo todo se arrepiaram e a parte inferior do seu corpo ficou tensa com as novas sensações.
‘Por que me sinto assim? Foi devido à mordida? Ou…’
Eileen sabia pouco sobre sexo, apenas os fatos biológicos básicos. Ela não conseguia dizer qual sensação vinha de onde ou o que causava o quê. Tudo o que ela podia fazer era tremer e implorar a Cesare.
— Isso é estranho–! Ah!
Seu corpo tremia e se contorcia com cada som estranho que escapava de sua garganta. Os dedos longos dele puxavam a gola solta da blusa dela.
Enquanto os lábios dele traçavam sua clavícula exposta, ela sentiu dentro da vagina apertar. Era demais, e ela não conseguia mais suportar.
— Para…
Eileen empurrou Cesare para longe em pânico, movida puramente pelo instinto. Ele agarrou o pulso dela, apesar de suas lutas, e o puxou até os lábios. Em um movimento repentino e violento, ele cravou os dentes na carne macia onde as veias azuis fluíam.
Foi uma mordida suave, mas Cesare se recusou a soltar o pulso, cuidando das marcas dos dentes com a língua. As pontas dos dedos de Eileen se contraíram enquanto ela ofegava, corada com o sinal de sua reivindicação.
Seu coração palpitou diante daquela demonstração aberta de luxúria, seus olhos vermelhos queimando de necessidade.
— Você só deve fazer coisas assim com a pessoa que você gosta…
Eileen sussurrou seus pensamentos subconscientemente. Pode ser uma ideia ingênua ou estúpida… Ela não conseguia nem pensar em uma maneira inteligente de expressar seus pensamentos furiosos! Tudo o que restava era uma cabeça cheia de caos.
Ela não sabia o que fazer, e Cesare acariciou levemente a bochecha de Eileen, achando-a muito doce.
— Mas é possível fazer isso com a pessoa com quem pretende se casar.
Ele respondeu casualmente e continuou em um tom suave.
— Amanhã você entrará no Palácio Imperial. Venha ao Banquete da Vitória e me parabenize.
Seria possível?
Eileen assentiu distraidamente. Então Cesare acariciou sua cabeça.
— Conversaremos mais no banquete. E sobre seu pai…
Ele fez uma breve pausa antes de continuar com um tom relutante.
— Não se preocupe. Eu o encontrarei e o enviarei para casa.
Eileen finalmente se lembrou do porquê de ter vindo aqui. Cesare havia tomado conta completamente de seus pensamentos, mas eles eventualmente retornaram, e ela se tornou ciente de sua situação. Após ouvir sua confirmação sobre seu pai, ela se levantou.
— O-obrigada… E-eu deveria ir agora. Alguém está e-esperando por mim.
Cesare lançou um olhar para a porta. Ele franziu a testa levemente enquanto acariciava o pulso de Eileen. Traçando as marcas que havia deixado para trás, ele falou como se estivesse persuadindo uma criança.
— Eileen, lembre-se de ir para a cama cedo. Você precisa descansar.
Ela assentiu mecanicamente, mas, no fundo, ela já sabia. Não havia a mínima chance de conseguir dormir hoje.
Continua…