Eu nunca quis ter um filho dele - Capítulo 06
Ela não aguentava mais. Desesperada, agarrou-se ao pescoço dele.
— Ah, ahh!
Vê-la se desfazendo ao seu toque era bastante prazeroso. Ela segurou por tanto tempo, mas agora não conseguia evitar os gemidos.
Emília estava confusa com suas ações repentinas. Não, foi, além disso—ela sentia que estava perdendo o controle para o toque estimulante dele, que só aumentava sua excitação.
Ela imaginou como poderia parecer sob esse homem bestial. Ele mudou de ideia sobre terminar rápido, afinal? Ela mordeu os lábios com ainda mais força.
— Ah… Ah…!
Seus movimentos tornaram-se ainda mais selvagens, ele a dominou completamente, suas mãos firmes prendendo-na no lugar. Cada gemido que escapava de seus lábios só alimentava sua luxúria, mergulhando fundo com uma fome insaciável, como se quisesse esmagar qualquer resistência que sobrasse nela. Cada investida era mais brutal que a anterior, arrancando-lhe gemidos contínuos e sufocados.
Parecia que esse ato implacável só terminaria quando ele liberasse sua semente dentro dela. Emília mal conseguia respirar, seus olhos marejados encontrando os dele em um misto de súplica e desejo.
— Senhor… Por favor… Ah!
Já não aguentava mais—a vergonha, o prazer, a intensidade de cada estocada a levando ao limite. Só queria que ele acabasse logo. Seus olhos rubros, antes embaçados de possessividade e luxúria, brilharam por um instante com lucidez.
E então, sem aviso, ele a puxou pelos quadris e enterrou-se até o talo. Seu membro latejante, cheio de sua essência, pulsou dentro dela. Finalmente, um gemido rouco escapou dos lábios do homem.
— Aaah…
Uma onda de calor inundou seu interior. O corpo de Mikhail finalmente se afastou. Conforme a tensão no corpo diminuía, um alívio tomou conta.
O corpo de Emília estava tão fraco que ela não conseguia nem se mover. Não resistiu ao cansaço repentino e fechou os olhos.
🌸🌸🌸🌸
— Onde tudo começou a dar errado?
Emilia enterrou o rosto na banheira, revivendo o passado.
‘Acalme-se. Você precisa pensar racionalmente.’
Mas será que ainda lhe restava alguma racionalidade? Ela queria matar o Duque Heinrich a qualquer custo.
Após assassinar o rei Speyer von Konrad, o atual monarca, o segundo príncipe, Adrian Konrad, foi colocado no trono. Ele não era um rei adequado. Já havia um herdeiro designado, mas preferiram coroar o filho de uma amante.
E o modo como ele conquistou esse trono estava longe de ser honroso.
‘Ele perdeu completamente a razão.’
Duque Mikhail von Heinrich. Ninguém sabia sobre seu passado. Havia muitos rumores a seu respeito. Uma coisa era certa: —ele passara muito tempo em outro país antes de chegar ao Reino de Bartch.
Ele realizou grandes feitos e conquistou a confiança do rei, mas apoiou o segundo príncipe em vez do primeiro. Emília não conseguia entender suas ações. Não conseguia decifrar suas intenções.
Simplesmente achava que ele não tinha nenhuma compreensão real da situação, dado o tempo que passou em outro país e sua falta de conhecimento sobre os assuntos reais atuais. Mas, quando ouviu o que as pessoas costumavam dizer sobre ele, questionou se ele poderia ser racional, afinal.
‘Racional, mas exasperadamente tolo e grosseiro.’
Emilia murmurou baixinho enquanto se lavava.
Suas coxas ainda formigavam. Mesmo tendo as lavado bem, a memória da presença dele naquele lugar íntimo a assombrava, e ela fechou os olhos com força.
Tinha sido um dia comum, sem nada de especial. No entanto, de repente, o estranho clima e a tensão envolvendo os muros do castelo levaram a uma rápida sucessão de eventos.
E agora, ela havia se tornado a esposa do líder à frente da rebelião. Era difícil acreditar que uma rebelião sequer tivesse acontecido, muito menos que sua própria família a havia abandonado.
A mente de Emília ainda estava confusa, tentando entender como aceitar tudo aquilo.
Mas não podia se afundar em desespero para sempre. De repente, Emilia lembrou-se do que ele lhe dissera: “Esconda suas garras e espere pela oportunidade.”
Sua expressão mudou abruptamente. Certamente ele não queria dizer que ela teria que continuar cumprindo seus ‘deveres conjugais’ nessas circunstâncias extraordinárias, não era?
‘Não, não pode ser… certamente…’
Ela sacudiu a cabeça, tentando clarear os pensamentos. O que importava agora era encontrar uma maneira de salvar a situação.
🌸🌸🌸🌸
Deixando Emilia exausta e adormecida na cama, Mikhail foi para o outro quarto e descartou suas roupas sujas. Nunca houve a intenção de dividir um quarto com ela desde o início, mesmo que fosse um casamento forçado.
Ele passou os dedos pelos cabelos e começou a tomar banho. Nunca esperara que Adrian fizesse uma proposta daquelas.
“Ofereça esperança à facção oposta. Então, que tal trazer Emilia von Loren como minha amante?”
“Não me parece uma boa ideia. Se a existência de uma amante for revelada antes de uma rainha ser escolhida, ninguém vai querer colocar suas filhas no trono.”
“Mas matá-la seria um desperdício, não acha? Precisamos de um meio para controlar a oposição. Por isso estou dizendo, agora é a hora de você demonstrar sua lealdade.”
Ele deveria ter percebido que algo estava errado quando os olhos de Adrian começaram a brilhar de forma estranha. Mikhail mal podia acreditar no que ouvia. Quase cometeu o erro de perguntar a Adrian se ele estava falando sério.
“Tome-a como sua esposa. Mantenha-a ao seu lado e garanta que ela não tenha outros pensamentos, vigie-a e coloque-a em grilhões.”
“… Monitorá-la é algo que posso fazer sem hesitar. Se você diz que devo recebê-la como minha esposa, seguirei seu comando.”
Não era uma proposta difícil. Para mantê-la sob vigilância, era justo tê-la perto. Ele entendia a ansiedade de Adrian também. Adrian não chegara ao trono por meios legítimos, então era natural que estivesse inquieto.
Porém, o que se seguiu foi uma ordem que até Mikhail achou difícil aceitar.
“E faça-a engravidar. Assim, o lado oposto a verá como uma traidora e não a apoiará. Isole-a, garantindo que ninguém fique ao seu lado.”
Continua…
Tradução Elisa Erzet