Eu nunca quis ter um filho dele - Capítulo 04
Emília tentou suportar aquele momento com a dignidade que ainda lhe restava, sua mão, movida por um impulso involuntário, agarrou a camisola que havia sido levantada.
— Ah…
Naquele momento, seus olhos encontraram os de Mikhail. Um sorriso torto desenhou em seu rosto, cruel e divertido, como se deleitasse com seu constrangimento. Antes que pudesse reagir, suas mãos firmes envolveram seu pulso, imobilizando-o contra suas costas com uma precisão calculista.
Uma sensação ameaçadora fez com que ela, por reflexo, lutasse para se libertar.
— Eu disse para relaxar, —murmurou ele, a voz baixa, mas carregada de uma autoridade inquestionável. — Quer me matar? Se for o caso, esconda suas garras até que a oportunidade apareça e espere o momento certo. Não fique choramingando como uma criança.
As palavras, frias como uma lâmina, percorreram sua espinha. Antes que pudesse articular uma resposta, sua grande mão agarrou sua cintura, e a levantou com facilidade desconcertante.
E então — uma intrusão inesperada. Seus dedos, hábeis e implacáveis, deslizaram sob o tecido delicado da sua calcinha, explorando com uma intimidade que lhe provocou um arrepio de desconforto e algo mais… algo que hesitava em nomear.
‘O que… O que é isso?’
Sua mente, nublada por um turbilhão de emoções, lutava em vão para compreender a situação. Tentou recuar, mas sua resistência era inútil diante da força imperturbável do homem.
‘Ah, isso é…’
Era como se seu corpo já não lhe pertencesse. Um calor insidioso espalhou por suas entranhas, dissolvendo a razão. Quanto mais se debatia, mais suas próprias reações a traíam, seu corpo se movia por conta própria, como se obedecessem a um instinto primitivo.
Emília estava confusa. O mundo ao seu redor desfocou num véu de lágrimas. Ela não conseguia entender o que estava acontecendo. O medo, e a vergonha profunda se mesclou a uma sensação avassaladora que lhe consumia.
— Uh…
Sua respiração tornou-se irregular quando os dedos dele cavaram em seu interior. Algo proibido agitava-se dentro dela, provocando-lhe um gemido involuntário.
“Quer me matar?”
Sim. Era algo inevitável
Será que suportar isso era a única saída? Emília fechou os olhos com força, e no silêncio da sua mente, algo obscuro e incontrolável se agitou — uma pulsação proibida, viva e voraz.
Se escondesse suas garras e suportasse, chegaria o dia em que poderia matá-lo? Suas palavras não estavam erradas.
Agora, encurralada, só lhe restava se render, sufocando os gemidos enquanto tentava vislumbrar uma oportunidade. De repente, seu corpo ficou mole, entregue à própria impotência.
— Você vai se arrepender disso. Não há ninguém olhando, então não precisa fazer isso!
Sua voz saiu em um fôlego rouco, quase suplicante.
— No palácio, há olhos e ouvidos em todo lugar, Emilia von Loren, —ele disse com uma risada baixa.
Como se em resposta, seus dedos— que até então exploravam suas profundezas com crueldade deliberada, retiraram-se abruptamente. Mal teve tempo de suspirar de alívio. Sem aviso, o homem ardente e implacavelmente a penetrou com uma só estocada.
…! …
Lágrimas escaparam de seus olhos, provocadas por uma dor tão intensa que parecia capaz de rasgá-la ao meio.
Uma presença imponente, completamente diferente de tudo o que ela já sentira, invadiu seu corpo.
Ela lutou para se manter firme, mas suas pernas tremiam sem controle. Mordeu o lábio com força tentando suportar o invasor que cavava em sua vagina.
Sua mente se perdia na dor perfurante nunca antes experimentada.
Ele penetrou fundo, sem dizer uma palavra, concentrado apenas no movimento, seus quadris batendo com força contra ela.
A cada estocada brusca, o som úmido de suas nádegas sendo golpeadas ecoava no quarto, enquanto seu membro longo e espesso preenchia completamente seu interior.
Com um impulso ainda mais selvagem, ele a penetrou com força. Seu corpo inteiro estremeceu, consumido por uma dor indescritível que subia pela coluna, deixando-a rígida e dolorida.
— Ah, isso dói… ah! — ela choramingou.
As ações do homem eram como o acasalamento de animais, desprovidas de qualquer delicadeza ou afeto. Ela mordeu os lábios, sufocando os insultos que fervilhavam em sua garganta. O olhar frio que a alcançou por trás parecia até mesmo resfriar o calor que percorria seu corpo.
Com os punhos cerrados, ela reprimiu seus gemidos que ameaçavam escapar enquanto seus corpos se chocavam em um ritmo brutal. Nunca imaginou que acabaria assim contorcendo na mesma cama com esse parceiro indesejado, seus suspiros se misturando no ar pesado.
“Mm”— um suspiro pesado perto de seu ouvido perturbou seus sentidos. Ao contrário da respiração controlada do homem, a dela ficava cada vez mais irregular a cada investida.
— Huh…
Quando seus gemidos reprimidos finalmente escaparam, Emilia, surpresa, mordeu o lábio com força.
— Ah!
Ele não deu trégua. Implacavelmente o grande e pesado pênis pressionou contra sua parede interna, ela sentia cada centímetro invadindo seu corpo. O homem se moveu com calma como se saboreasse e quisesse explorar cada dobra e curva dentro dela. Suas pupilas vermelhas, fixas nela, pareciam macular todo seu ser com aquele olhar.
‘Meu corpo…. está…’
A dor ainda pairava com a sensação dele penetrando mais fundo do que antes, mas agora se misturava a uma onda crescente de prazer, dificultando distinguir onde uma terminava e o outro começava.
Suas mãos grandes agarravam-na com força, moldando-a como queria, se sentiu estranha em sua própria pele. Seus dedos se enterraram nos lençóis, seus músculos tencionaram.
— …Haa.
Ele se curvou sobre ela, enquanto seus quadris se moviam em um ritmo implacável, ele soltou um grunhido rouco e pesado.
— Eu não pedi por esse tipo de cooperação.
Seus olhos se abriram levemente, uma compreensão súbita brilhando em seu olhar embaçado.
‘Então é isso?’
Finalmente acabou?
Quando ela levantou a cabeça e olhou para trás, as pupilas de Emília tremeram intensamente. No olhar do Duque Heinrich, ela vislumbrou um desejo como nunca havia testemunhado antes.
Continua….
Tradução Elisa Erzet